"Primeiro enganamos a nós mesmos e, depois, nos convencemos de que não estamos enganando a nós mesmos".
Lewis Smedes
O título desse post e também essa citação devo a Plantinga, que em seu livro "Não era para ser assim", me fez pensar no fato de que o maior perigo, ou um dos maiores perigos do pecado seja o fato de que quando nossa consciência se corrompe passamos a mentir para nós mesmos.
Muitas vezes conhecemos nossas mazelas e pecados, confrontamos nossas falhas e defeitos, enfrentamos nossa corrupção mais íntima, mas com o passar do tempo e diante da sempre presente necessidade de sermos para o outro aquilo que não somos para nós mesmos e diante de Deus, nos tornamos habilidosos em desenvolver e criar máscaras.
Máscaras tão sofisticadas e avançadas que não enganam apenas quem nos vê de longe, mas quem mais próximo está de nós, e, por fim, a nós mesmos. O auto-engano é a negação de quem somos, é como sair apagando qualquer vestígio da alma que possa nos condenar. Um enclausuramento da alma, uma mentira bem contada para si mesmo.
Muitos de nós vive vidas religiosas assim, mentindo para si mesmos; criando deuses de si mesmos; fazendo deus à nossa imagem e semelhança; adorando a nós mesmos na face de um cristo que não é Cristo. Mas nesse baile de máscaras, nos confundimos com o personagem, e o baile se torna vida real às avessas e a segunda face projetada se prende a nós, e já não pode ser removida.
Deus nos livre de viver crendo, sem jamais CRER.
1 Coríntios 11:28 Examine-se, pois, o homem a si mesmo...
